Ministério do Esporte sofre corte de mais de R$ 227 milhões para 2018

O furor com a Copa do Mundo e a Olímpiada sediados parece ter acabado junto com a abundância de recursos para o esporte. O orçamento de 2018, sancionado pelo presidente Michel Temer comprova a situação de penúria do Ministério do Esporte. Para o próximo ano, o governo federal autorizou R$ 1.350 bilhão para a Pasta. O montante é R$ 227 milhões inferior à previsão de 2017 (R$ 1.577 bilhão).

A rubrica "concessão de bolsas a atletas", por exemplo, terá disponível apenas R$ 78,6 milhões. Com isso, o programa Bolsa Atleta, que teve R$ 140 milhões orçados em 2017 pode sofrer mudanças drásticas.

A iniciativa tem o objetivo de “tornar o Brasil uma potência esportiva sustentável mundialmente reconhecida, com a preparação de atletas da base ao alto rendimento, qualificação da gestão, melhoria e articulação das infraestruturas esportivas”.

Outra rubrica importante para o esporte de alto rendimento do Brasil, a de "preparação de seleções principais para representação do Brasil em competições internacionais", sofreu queda significativa de orçamento. Os valores foram de R$ 26  milhões em 2017 para apenas R$ 7 milhões em 2018.

Se no orçamento de 2017 havia R$ 48,4 milhões para "implantação de infraestrutura esportiva de alto rendimento", em 2018 a previsão não ultrapassa R$ 20 milhões. Os recursos são destinados à construção, ampliação, reforma, modernização e adequação de infraestrutura, necessário ao desenvolvimento e à prática de atividades esportivas desde a sua base até o esporte de alto rendimento.

Mas não foram só as iniciativas do esporte de alto rendimento que tiveram as expectativas frustradas para 2018. A parte educacional e social do Esporte também vai sofrer com cortes.

A ação de “desenvolvimento de atividades e apoio a projetos de esporte, educação, lazer, inclusão social e legado social” caiu de R$ 99,6 milhões para R$ 111,1 milhões de um ano para o outro. Os recursos se destinam a ampliar e qualificar o acesso da população ao esporte e lazer, com fortalecimento das ações intersetoriais e redução das desigualdades regionais.

Enquanto isso, os gastos com o legado Olímpico e Paralímpico vão passar de R$ 77 milhões para R$ 139,9 milhões.

 

O Ministério do Esporte se limitou a dizer que tem como prioridade o incentivo à prática de atividade física e a inclusão social por meio do esporte, além do desenvolvimento do esporte de alto rendimento.


Publicada em : 07/02/2018

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